sexta-feira, 6 de maio de 2011

As 1001 Histórias do Café Brasileiro

O texto da VINDA DO CAFEEIRO PRO BRASIL corretamente reforça as restrições que tenho com relação a história do F.M.Palheta que é incansavelmente repetida sem nunca figurar documentação satisfatória.

Existem variações onde o Sargento teria se agraciado pela esposa do Governador (lá...na Guiana Francesa) que colocou em sua bagagem uma pequena muda (claro que não! Seriam grãos, na forma seca, conhecida como coco) sem que o Sr. Francisco soubesse. Que bela história.

Ana Luiza Martins em seu delicioso livro "História do Café" (ed.contexto), conta que a representação de Palheta ganhou força a partir de 1927 quando do bicentenário da introdução do café no Brasil, onde uma série de estudos privilegiou sua imagem e consolidou-se a frase oficial: "o café foi introduzido no Brasil por Francisco de Melo Palheta, no ano de 1727".

Agora fiquem espantados: o café já existia no Brasil desde 1663, vindo de Portugal. O diplomata português Duarte Ribeiro de Macedo (lotado na corte francesa de Luís XI) em seu Discurso sobre os gêneros de comércio que há no Maranhão, citava 37 produtos, entre eles o café.

Deixando de lado o arábica do Palheta (ou de Portugal), existe uma outra história do café no Brasil que foi esquecida. Quem trouxe o canephora? Essa história muito mais recente (o conilon, por exemplo, foi descoberto no Congo, em 1980) ninguém ainda me mostrou.

Desculpem-me amigos, eu sei que é confuso (eu avisei) mas o nosso blog quer questionar esses mitos, quem sabe, não damos aqui uma contribuição importante para a história do café?

Vejam que diversão legal: me ajudem a descobrir quem trouxe a outra espécie de café para o Brasil (seja robusta ou conilon), vamos pesquisar?

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